Os cinco times voltam à quadra nesta quinta-feira (23.07), quando disputam mais uma partida da fase de grupos. O último jogo da chave ocorre na sexta-feira (24.07), quando também se inicia a fase eliminatória do Grand Slam de Yokohama. O Brasil é o país com maior número de representantes no torneio feminino.
No primeiro duelo do dia, dois times acostumados a se enfrentar no Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia estiveram frente a frente. Maria Clara e Carolina (RJ) superou Juliana e Maria Elisa (CE/PE) em partida marcada pelo equilíbrio, por 2 sets a 1 (22/24, 21/18, 12/15), em 1h04. O resultado deixou a dupla carioca na segunda posição do grupo C, perdendo para as gregas Arvaniti/Tsiartsiani apenas nos critérios de desempate. Juliana e Maria estão na terceira posição, mas mantém grandes chances de classificação.
No mesmo horário, Larissa e Talita (PA/AL) também entravam em quadra e venciam as japonesas Hasegawa/Nagata por 2 sets a 0 (21/13, 21/13), em rápidos 31 minutos.
"Sem dúvida a pausa que fizemos no Brasil foi proveitosa. Passamos cinco dias lá, comemos muito arroz e feijão e viemos para o campeonato com energia de sobra, em busca de mais um excelente resultado", comentou Larissa, que ao lado de companheira venceu a última etapa do Circuito Mundial, em Gstaad, na Suíça.
Para Talita, a maior dificuldade foi se adaptar ao vento. "O calor é uma coisa que sempre estamos acostumados, já que treinamos e jogamos no Brasil. Já o vento foi uma dificuldade extra, variando muito. Ele nos fez redobrar a atenção para não cometermos nenhum vacilo".
A dupla formada por Fernanda Berti e Taiana (RJ/CE) também não teve dificuldades para vencer o time russo formado por Prokopeva e Syrtseva. Vitória por 2 sets a 0 (21/13, 21/13), em 34 minutos, fazendo com que as vice-campeãs mundiais somem os primeiros dois pontos na briga por uma vaga às oitavas de final no Grupo D.
"Nos preparamos bem para enfrentá-las. Como era primeira vez contra esta dupla, traçamos um plano para tentar neutralizar a bola forte delas e funcionou. Com isso, o nosso saque começou a entrar, a Berti acertou bloqueios e conseguimos vencer bem", destacou Taiana.
Com a primeira vitória no bolso, a dupla já concentra as energias para os próximos jogos do Grupo D. "Já enfrentamos e vencemos a Fendrick/ Sweat (USA), nos Estados Unidos, e esperamos conseguir repetir o feito aqui, no Japão", destacou a cearense, que junto com a companheira dedica horas e mais horas para estudar os vídeos das adversárias.
Por fim, em outro confronto entre brasileiras e japonesas, mais uma vez as sul-americanas levaram a melhor. As campeãs mundiais Ágatha e Bárbara Seixas (PR/RJ) venceram as donas da casa Tanaka e Kusano por 2 sets a 0 (21/13, 21/8), em 29 minutos de duração.
"Diferentemente de outras duplas brasileiras que voltaram ao Brasil, preferimos permanecer na Europa para não sentir tanto o fuso horário japonês. Acredito que a estratégia funcionou, já que nos sentimos bem e conseguimos uma boa vitória nesta estreia", comentou Ágatha.
A dupla ressaltou a importância de adaptação aos novos desafios da etapa japonesa do Circuito Mundial de Vôlei de Praia. "Cada etapa é diferente e nos traz surpresas. Aqui temos as rajadas de vento, a umidade e o calor que são bem peculiares. Acredito que quem se adaptar melhor, sairá na frente na busca pelo título", complementou a paranaense da dupla brasileira.
Yokohama é a sexta etapa que conta pontos para a corrida olímpica brasileira, ranking que classificará uma dupla em cada naipe aos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
O Japão já sediou 21 eventos do Circuito Mundial, sete exclusivamente para o naipe masculino e outros 14 apenas disputados entre as mulheres. No feminino, o Brasil domina com 21 medalhas, sendo 11 de ouro, seis de prata e quatro de bronze. Já nas sete etapas do masculino o Brasil levou sete medalhas, uma a menos que os EUA, mas com mais ouros: quatro contra três. São ainda três pratas para o país.
Os times vencedores da etapa de Yokohama nos dois gêneros somam 800 pontos no ranking do Circuito Mundial e garantem um prêmio de 57 mil dólares. Ao todo, 400 mil dólares são distribuídos aos atletas em cada um dois gêneros. Após a etapa japonesa o tour sofre uma pausa e volta com o Grand Slam de Long Beach, nos EUA, de 18 a 23 de agosto.
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